segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

*Cidade*

Sempre tão iluminada,
Ofuscando o brilho das estrelas.
Sempre tão apressada,
Lutando contra a beleza fundamental.

Black out.

Todos seguem correndo.
Você, para.
Olha pr'o céu.
Vislumbra o que isso trouxe de belo.
-O que você quer: 
Que alguém pare a seu lado e, igualmente a você, admire as estrelas.
-O que você tem:
Um monte de amigos que chamam desesperadamente por você, e quando você diz o que está fazendo... eles te chamam de boba.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Tô aprendendo a viver sem você"

Acordei com vontade de chorar, um aperto no peito que me dizia: vazio. Comecei a lembrar dos momentos e pessoas que passaram pela vida. Lembrei de você. Das mensagens de todos os dias e lembrei que nesses dias eu não me sentia só.

Ao meu melhor amigo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sobre amor platônico...

Deveras amor platônico não foi feito para mim...
Doí mais que o "amor-convencional", aquele que o outro sabe e pode, ou não, corresponder... você chora, é consolado e aconselhado por amigo e pode seguir vivendo. Doí porque é solitário e muitas vezes julgado tolo. Doí porque a outra pessoa não está, necessariamente, longe de você. Doí pelas diferenças que parecem intransponíveis e imutáveis. Doí porque existem tantas outras pessoas para amar, e só o seu tonto coração não consegue entender. Doí porque você tem que fingir não doer. Doí porque você sabe que o motivo do sorriso dele não é você.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

In

Apetecida por uma súbita vontade de correr, correu.
Não sabia para onde e sequer o porquê,
Não tinha vontade de chorar ou sorrir,
Só correr.

Enquanto corria, pensamentos começaram a surgir,
E também as dúvidas.
Sua mente perturbada deixou-a tonta.

Embriagada com o que lhe ocorrera, tentou parar.
Não conseguia.

Impossibilitada de controlar seus próprios movimentos,
Sentiu-se possuída e incapaz de qualquer coisa no mundo.
Inútil.

Não tendo mais pensamentos,
Nem vontade própria,
Decidiu, então, correr para o resto da vida.
Era o que lhe restara.